terça-feira, 31 de agosto de 2010

Carro parado em casa nem sempre significa economia

Carro parado não é sinônimo de economia. Ao contrário, deixar o veículo sem uso por muito tempo pode acarretar problemas em diversos componentes e, consequentemente, grandes despesas. Freios, óleo, bateria, embreagem e até o combustível costumam ter a sua qualidade comprometida se o período sem uso for muito extenso.

Nessa situação, algumas precauções são importantes para manter a vida útil do veículo. O avanço tecnológico ajudou a ampliar a folga em relação aos problemas resultantes do tempo parado. Mesmo assim, é bom olhar o carro de vez em quando, chutar os pneus...

A maioria dos problemas graves só começa a surgir depois de cerca de um mês com o veículo parado – mas este período pode ser até menor, caso o carro fique exposto à umidade, por exemplo. “A partir daí, a situação entra na lista como uso severo do carro”, aponta Alfredo Guedes Junior, supervisor de relações públicas da Honda. O principal problema, nesse caso, é a bateria, que, se não estiver com carga máxima, poderá ficar sem energia. Portanto, desligar os cabos da bateria antes de um longo período de inatividade preserva a integridade do sistema elétrica.

Também é recomendável não acionar o freio de estacionamento e colocar calços nas rodas para evitar que o carro se mova. O ativamento do freio de mão por muito tempo pode levar ao empenamento das sapatas. Além disso, a umidade de lugares como garagens e estacionamentos cobertos, pode fazer as lonas de freio “colarem” no tambor e deixem o carro travado. O engate das marchas também não é a solução ideal. “Se o carro for automático, melhor deixar em P. Se for manual, o ideal é engatar a marcha a ré”, completa Alfredo Guedes Junior.

A partir de seis meses de carro parado, os cuidados devem ser maiores. “O recomendado é que se bote um peso no pedal para deixar a embreagem acionada. Caso contrário, o disco pode colar no platô”, indica Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da Mitsubishi. O combustível também é afetado após muito tempo de armazenamento.

A gasolina e o etanol perdem as suas propriedades detonantes e podem comprometer a alimentação na hora da ignição. No caso do diesel, o cenário fica ainda pior, já que é um combustível que apodrece. Nesse caso, é bom tirar todo o conteúdo do tanque antes do período de inatividade. O próprio reservatório de combustível pode apresentar problemas. Se o material usado for alumínio, as partes que não ficam em contato com o líquido tendem a oxidar.

Todo o cuidado é pouco

# Lubrificar os discos/tambores de freio antes da longa inutilização para evitar oxidação.
# Com carros a diesel, deve-se drenar todo o combustível do tanque para que este não estrague.
# Nos carros flex ou a gasolina, é aconselhável colocar combustível premium antes da inatividade.
# Assim que o carro for reativado, trocar o óleo do motor.
# O fluido de freio só precisa ser drenado se o tempo parado for maior que um ano.
# Com seis meses de inatividade deve-se colocar um peso no pedal da embreagem para impedir que o platô e o disco colem.
# Calibrar os pneus com uma pressão acima da recomendada se a paralisação for de até 3 meses.
Mais do que isso, é recomendável colocar o carro sobre cavaletes.
# Deve-se estacionar em locais cobertos, arejados e longe de animais. Uma capa de proteção porosa também pode ser usada para preservar a pintura.

Da Auto Press

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