segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Kia Picanto testado em João Pessoa

O Kia Picanto é desses carros que você precisa conhecer nem que seja para usar como parâmetro de comparação. O hatch compacto coreano tem a proposta de ser o mais barato entre os premiuns (ou mais caro entre os básicos) com itens que vão de Airbags de série em todas as versões até o teto solar, na top de linha.

E o carrinho não fez feio. Desde de sua chegada ao Brasil, em 2006, o Picanto é sucesso de vendas da Kia. Até hoje ele só perde para a enxurrada de Bestas que foram vendidas há alguns anos, segundo o Bruno Luiz, proprietário da Kia Dumar, em Cabedelo. Mas a partir deste ano o pequeno coreano vai ter que rebolar, porque com a chegada do primo-irmão HB20, da Hyundai, ele passou a ter concorrente.

Cito especificamente o recém lançado campeão de vendas da Caoa porque todos os demais hatchs compactos brigam entre si pelo espaço de mais barato. Coisa que o top de linha experimentado por Autonews não é. Com direito a led nas lanternas traseiras, teto solar, airbags de cortina na lateral e câmbio automático, o carro custa pouco mais de R$ 44 mil.

Foram apenas algumas horas e pouco mais de 30km rodados com o carro emprestado pela Kia Dumar, mas o tempo foi suficiente para reparar em algumas características positivas e em alguns detalhes negativos do carrinho, no bom sentido.

O Picanto 2013 tem em seu exterior vincos marcantes nas laterais e faróis bonitos. No interior, o ótimo acabamento dos bancos e painel enchem os olhos, mas nada se destaca mais do que a direção, com detalhes que imitam alumínio e são padrão em todas as versões do modelo.

Entrando no Picanto, logo se percebe que o carro, apesar de pequeno, é alto e garante uma boa postura com as pernas dobradas. Apesar de que para ficar confortável, eu, com pouco mais de 1,80m, tive que afastar o banco para trás até o limite máximo, o que deixou pouco espaço para outro ocupante no bando traseiro.



Mas aqui eu chamo atenção para algo de que gostei bastante. As pernas do motorista se encaixam sem problema sob o painel sem deixar nenhum pedaço ameaçando a perna em caso de batida frontal.

A sensação ao dirigir é boa. O motor flex 1.0 de três ciclindros garante, junto com seu pouco peso, cerca de 1,3 tonelada, um ótimo desenvolvimento urbano. São 80 cavalos de potência, segundo a fábrica, quando usando etanol. São cinco marchas nos modelos de câmbio manual e quatro nos de câmbio automático.

Aqui chega mais uma crítica ao Picanto. Não faz sentido a fábrica coreana investir num mercado em que se pretende oferecer carros completos e modernos, ainda que mais caros, e ter um carro “novo” com apenas quatro marchas. Ora, se o forte do Picanto já não é ser o mais econômico, não vai ser esticando as marchas que ele vai mudar isso.

Concordo que marcha automática não é um recurso muito comum em compactos e, certamente, garante o interesse de novos públicos, mas acho que o preço mais alto que os concorrentes já basta. Não é preciso “penalizar” ainda mais os consumidores.


No fim, o Kia Picanto é um carro muito legal de dirigir. E além da boa dirigibilidade é um carro bonito, sobretudo nessa nova versão. Mas o preço dele assusta. Parte de R$ 38.900,00 e pode chegar a incríveis (no pior sentido da palavra) R$ 48.700,00.

Por isso, o Picanto é mais que um carro para quem quer um compacto completo. Ele é uma referência de como todos os carros compactos e básicos deveriam ser. Os nossos compactos nacionais deveriam olhar o pequeno coreano e ter vergonha. O sucesso na venda do Picanto, ou mesmo do HB20 são o reflexo claro de que os consumidores começam a não aceitar mais comprar carros “pelados”.

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