quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Hyundai Veloster testado em João Pessoa

Apesar da política da Hyundai de não emprestar carros a jornalistas para testes, eu tive o prazer de experimentar o Veloster brasileiro. E confesso, foi legal. Mas foi bom principalmente porque me remeteu a outros testes, em outros tempos. Me lembrou quando eu dirigi pela primeira vez um VW Puma.

Vamos lá. Logo de cara, olhando de fora, o que se vê é um carro arrojado, baixo no teto e no assoalho. É um carro pronto para correr. Suas linhas laterais dão a impressão de que o cupê está andando, mesmo que quando está parado. Na frente, uma cara de mau. Exatamente como o VW com carcaça de fibra de vidro.

Ah, mas tem aquela terceira porta no banco de trás. Maldita porta que não me cabe. Aliás, o banco de trás, coisa que no Puma não existia, é praticamente figurativo já que depois de passar pela portinhola meu pé não coube direito atrás do banco do passageiro.

Uma vez sentado no banco do motorista a história é outra. Espaço de sobra, ótimo encaixe na poltrona, boa visão do que se passa do lado de fora e uma posição com pernas esticadas para alcançar os pedais. Coisa de carro de corrida. E de Puma.

Quando se liga o motor a gasolina de 1.6l com transmissão automática, o ronco é bonito. Barulho de carro que quer correr. Mas quando se acelera na rua, percebe-se que a propaganda é maior que a disposição do coreano. Ele é, na verdade, um carro de passeio comum (bem comum mesmo) com uma roupa de corrida.

E não é exatamente isso que o Puma é? Um Fusca, dos antigos, com uma cobertura de carro esportivo? Não foi à toa que me senti de volta num Volkswagen. A diferença é que no caso dos coreanos da Hyundai a promessa e o preço são de carrões, mas na prática o Veloster empolga mais pela imagem que passa do que pelo que realmente é.


Aliás, pouco tempo depois de ser lançado no Brasil, o cupê coreano passou maus bocados por conta de denúncias feitas por compradores e até por especialistas sobre a potência e tipo do motor serem diferentes do que havia sido divulgado antes e na hora da venda.

Bem, pelo pouco que acelerei, o Veloster me pareceu gritar mais que andar. Coisa que, neste caso, diferiu do Puma. O esportivo brasileiro da década de 70 gritava alto com seu motor 1600 de Fusca ou Kombi, mas a carcaça de fibra deixava o conjunto todo leve e o carro andava muito.

Mas ainda há outras semelhanças entre os dois. A suspensão dura e o freio a tambor são negativas. A boa dirigibilidade e estabilidade são características que agradam tanto em um quanto no outro.

Texto publicado originalmente no dia 6 de janeiro de 2013 na coluna Autonews do Jornal da Paraíba.

2 comentários:

  1. Sinceramente achei ser um carro super potente e bonito, porém parece que só tem beleza. Fiquei surpreso ao saber que segundo o comentarista que ele faz mas barulho que mas é um carro comum bem comum mesmo. Mas devo dizer que os carros da Hundai
    tem uma ótima aparencia.
    Acho que vou comprar mesmo o Camaro. rsrs

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